Seu início é amaciado e levemente swingado. Demonstrando aparentemente ter uma ambiência melódica imersa no campo da música pop por conta de seus sons agudos e sintéticos, a canção é regida por vocais tremulantes em embrionários melismas que, combinados, surtem em uma agradável harmonia.
De essência entorpecente, a canção, conforme Amanda Holley vai introduzindo, cada vez mais, seu vocal agudo, mas com evidente força, na função de se posicionar como um alicerce narrativo, demonstra uma base harmônico-rítmica que se confunde entre os campos do soul e do R&B. Com nítida e feliz versatilidade, ainda, a obra, por meio dos beats formados por chimbais sincopados, consegue misturar toques de trap de forma a oferecer uma movimentação rítmica diferenciada.
É assim que, a partir de um refrão narrado por entre falsetes bem executados de forma a rememorar, ainda que sutilmente, aqueles estruturados por Mariah Carrey, Seasoning amadurece como uma obra, de fato, sensual. Com um groove saliente percebido também em seu ápice a partir da contribuição do baixo, a faixa transpira um sabor adocicadamente sintético e curiosamente veranista.
Ainda assim, o que salta aos ouvidos em Seasoning é que a obra funciona como uma sincronização sensual entre o contágio, o swing e a interpretação lírica. A partir daí, o contexto rítmico-melódico está no páreo para abordar e disseminar um enredo que é, simplesmente, uma sincera homenagem ao soul que ganha ainda mais alma pela sensibilidade com que a fotógrafa Yulia Shusharina capturou Amanda nas imagens de divulgação do single.
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