Um breve falatório serve como o rompimento do silêncio espectral que antecede os primórdios do som. É exatamente nesse momento que a guitarra de Alex Riggen surge em um riff azedo, mas de cerne melancólico, enquanto o baixo de Ozzie Woods vem com uma educada estridência sinérgica a esse sentimento entristecido.
Dessa forma, a melodia que se cria inicialmente é cabisbaixa, o que induz o ouvinte a criar, mentalmente, um cenário monocromático em sua suntuosa palidez. Quando a bateria de Nick Pompou entra com a levada rítmica, a canção não imerge apenas no campo do indie rock e do rock alternativo. Há, nesse ínterim, mergulhos na estética do post-punk e de um neo-gótico de essência nórdica.
Contagiante em seu tom densamente soturno e curiosamente lacrimal, She Hums Mozart explora texturas não apenas no que tange o âmbito emocional e psicológico. Ela também explora estridência e acidez que, combinadas, garantem à ambiência melódica enfreáveis sensos de torpor.
Com a narrativa lírica sendo apresentada de forma sussurrante a partir do timbre curiosamente agudo em sua acidez vinda também de Riggen, She Hums Mozart finalmente evidencia sua história por trás da melodia. A canção é um produto que evidencia um relacionamento aparentemente perfeito, quando, na verdade, mostra instintos introspectivos prejudiciais vindos de uma das partes. É aí que mora a delicada mensagem.
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