Se você ouvir “Arethusa”, de Herald K, sem atenção aos detalhes, perderá toda a riqueza e complexidade que essa história em forma de música traz.
Baseado em violão e outros instrumentos de cordas, Herald K constrói o single “Arethusa” com bases no folk e na música americana.
A voz masculina é sóbria e segue acompanhada de dois backing vocals femininos super suaves, quase imperceptíveis. Isso até o final da canção, quando essas vozes se expandem e surgem em primeiro plano para presentear os nossos ouvidos. Jessica Slavik e Lina Louise são as vozes femininas deste single, que são primordiais por representarem Arethusa.
Há muita suavidade em toda a música, tanto nas vozes quanto na instrumental. Isso nos passa uma sensação de paz e harmonia. O violão é sempre dedilhado e há um breve, porém belo solo de “nyckelharpa” (um instrumento centenário) no meio.
Créditos das imagens: Funky Eye
Tudo é simples e majestoso para representar a beleza e a delicadeza de Arethusa (que dá título à música), uma ninfa da mitologia.
A letra do single se baseia em um antigo mito da paixão de um deus do rio por uma água ninfa. Esta é uma canção sobre yin e yang; tentação, paixão e transformação.
Herald K contou com a ajuda de cinco músicos e do peculiar instrumento centenário chamado “nyckelharpa”.
Este single pertence ao álbum ‘Mythologies’, que, assim como “Arethusa”, pretende contar histórias da mitologia grega. Mas o mais legal é que outros instrumentos intrigantes e antigos sempre estarão presentes.
Algo que combina bem com a temática antiga, assim como toda a delicada construção sonora, que remete muito aos antigos menestréis, que contavam histórias épicas com muita poesia e instrumentos de corda.
Se pararmos pra pensar, “Arethusa” é um single épico de bases simples, mas rico de pequenos detalhes que o tornam complexo e majestoso.
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