A língua inglesa tem uma palavra que a tradução para o português não traz a mesma força de significado: struggle. É a arte de batalhar por algo que implica um sofrimento aplicado, quase uma tentativa árdua em que não se para de lutar até conquistar.
E se formos traduzir esse termo em música, certamente seria “What Remains” de SINK. O artista conseguiu transportar essa sensação de luta sofrida e de certa forma incansável, trazendo toda uma angústia melancólica. A música começa com um sufoco, representada pelos vocais que carregam uma força absurda e pela melodia que vai em crescente até explodir em um minuto e vinte.
As pausas ritmadas funcionam como um corte, ainda que haja uma fluidez que percorre toda a música, ganhando um impulso maior a cada giro, ou sopro de vida que o sintetizador traz. Mas a angústia retorna, com mais um minuto de música, na versão futurística de “arranhar o quadro”.
É interessante como SINK se utiliza dos elementos eletrônicos em uma maneira tão próxima do “humano” que transpõe a realidade. A luta, o alívio e a angústia ganham uma sonoridade que foge do óbvio, e ainda assim se mantém passível de compreensão, através de uma beleza artística profunda.
A atmosfera é um dark pop post punk com uma versão moderna dos elementos do shoegaze, na medida que mistura o caótico, o sensível e o melódico. Segundo o músico, “What Remains” é uma peça que traz uma visão sobre os relacionamentos tóxicos, contada de maneira muito artística e questionadora.
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