Uma cenografia aparentemente urbana se anuncia através de sonares enigmáticos. Quase como o som do vento sugerindo um breve frescor, o chiado confere um ligeiro senso de crueza que se contrapõe ao torpor instaurado pelo veludo sintético até então ofertado. Rapidamente, porém, esse cenário embriagante passa a ter um incentivo de lucidez trazido a partir de uma voz masculina de timbre grave.
Logo assumindo a dianteira melódica por meio do domínio do microfone, o vocalista sugere um senso reflexivo ligeiramente cabisbaixo a respeito de uma temática no processo de ser devidamente destacada. Regada pela desenvoltura do sintetizador, elemento capaz de construir uma sonoridade doce e fresca em seu caráter levemente gélido, a canção vai caminhando educadamente pelo terreno da música pop.
Esotérica e atmosférica, a música, a partir da interpretação vocal assumida pelo cantor, acaba desfilando certo grau de inquietação que flerta com um incômodo senso de angústia. Aromática e delicada em sua máxima essência, a faixa sugere tranquilidade, suavidade e uma agradável energia de despreocupação.
Com tal receita sensitivo-sonora, o LTB acaba fazendo de Skyline uma canção de postura vulnerável evidenciada a partir de sua proposta reflexiva acerca do romance. Ainda assim, a faixa amadurece de forma a se postar como uma intimista celebração ao amor e a uma feroz paixão.
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