Quando um projeto já começa assinado por um músico de alto gabarito, não se pode esperar menos do que um álbum perfeito.
O Spaceface é capitaneado por Jake Ingalls, que foi integrante do The Flaming Lips, e traz um maravilhoso trabalho chamado Anemoia.
A linha de composição do Spaceface tem uma veia muito forte dos anos 80 e nos remete a épocas em que a música contava com mais primor em seus detalhes que iam desde a parte de execução dos temas, até a finalização com respeito a produção.
Anemoia, em certos momentos, traz um certo ar das antigas composições do Duran Duran, com aquelas linhas de guitarras clean dando um swing funkeado dentro de um conceito pop formando uma mistura muito interessante.
Mas para quem acha que o Spaceface está seguindo passos, pode esquecer, pois as músicas têm uma originalidade muito forte que acaba se tornando uma das grandes marcas registradas de Anemoia.
Além das já citadas guitarras, há um baixo altamente bem aplicado jogando groove para todos os lados, bateria direta e tocada com muita precisão para que nada fique fora de tempo ou escape ao balanço como tem que ser e sintetizadores criando as mais diferentes ambiências segundo como cada música assim exige.
As linhas de vocal são, também, de uma classe e bom gosto como somente verdadeiros profissionais poderiam mostrar trazendo o que há de melhor para que as melodias fiquem em nossas cabeças e não saiam mais.
Este álbum é uma produção que tem uma ponte entre dois mundos e nos faz viajar na genialidade de uma visão de tempos atrás mas com toda a modernidade de um som claro, cristalino e cheio de uma vitalidade jovem com muito gás e emoção.
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