A cena rockeira norte-americana já pariu vários movimentos, um dos mais atuais e, que, praticamente revolucionou o rock’n’roll, foi o grunge. Derivado das cenas punk e metal, o grunge fez de Seattle o seu primeiro berço, com bandas como Nirvana, Soundgarden, Alice in Chains e Pearl Jam encabeçando a onda. Enquanto isso, na Califórnia nomes como The Offspring e Green Day davam uma nova cara ao punk rock. Em Pitsburgo, Pensilvânia, também havia uma cena onde Daryl Shawn (guitarrista e vocalista), Pat Herron (baixista) e Jesse Tranfo (baterista) já eram velhos conhecidos pelo circuito rockeiro. No entanto, só em 2023 resolveram montar a Spitbite.
Como segundo single do trio, foi lançada a canção “False Gods”, mas o grupo está trabalhando em um EP. Na música liberada, você pode sentir a mesma atmosfera dos nomes citados agora há pouco, embora as influências do Spitbite sejam bem mais abrangentes. A banda que alguns dias antes lançou o single “Final Form”, aposta nos riffs pesados, melodias intricadas e climas densos. Isso chama atenção para uma viagem de retrocesso aos anos noventa. “False Gods” é simplesmente uma mistura de Alice in Chains com Green Day, pois possui sessões pesadas e ao mesmo tempo despojadas.
Esse encontro do grunge com o punk rock pode ser uma boa receita, sabendo que não são muitas bandas que se arriscaram e deram certo. Com o “Spitbite” a coisa pode ser diferente. O trio, por ser composto por músicos experientes e não três jovens aventureiros, sabe compor com qualidade e o público local há tempos o contempla. Dessa maneira, observamos aqui muita destreza nos acordes, riffs e timbragem instrumental. Não esquecendo também a performance vocal que caminha certinho no tom, ampliando o clima pesado do conjunto da obra. Tomando como base essa música e a primeira lançadas, podemos ter boas expectativas do vindouro EP.
Com uma pequena virada de bateria, “False Gods” tem seus primeiros momentos com a execução de Tranfo, que já brilhou na The Hague e, atualmente, toca também na Trace Remains. Na sequência, o riff principal é puxado por Shawn que muda os acordes com muita perícia. A harmonia inserida na canção possibilita muitos casamentos entre os acordes. Isso não é surpresa quando sabemos que o guitarra/vocal já é um veterano de estúdio com pelo menos sete álbuns lançados. Resumindo, Spitbite oferece aos jovens de hoje uma chance de sentir um autêntico e genuíno som extraído da alma.
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https://www.instagram.com/spitbite_pgh