Stands to Reason: vamos relembrar o lançamento de “The Ideal recordings EP”

Em 2020, a banda Stands to Reason lançou o “The Ideal recordings EP” como forma de comemorar vinte e cinco anos de atividades do quarteto de Southend (ING). Conforme essas datas, é fácil concluir que o grupo surgiu em uma época em que o grunge ainda era bastante evidente no mundo. No entanto, ao ouvirmos o som dessa galera percebemos que as influências não partem daquela turma de Seattle (EUA) liderada por nomes como Nirvana, Soundgarden, Alice Chains etc. Entretanto, o post-hardcore que também se erguia naqueles idos, chega a ser mais presente. Além disso, bandas como Quicksand e Understand são referências assumidas.

Gravado em Essex (ING), esse EP possui nada mais do que três músicas. No entanto, são canções marcadas por um processo orgânico de produção. Ou seja, Kev Guy, Rob Lawrence, Ross Baker e Steve Ali não se importavam com sofisticação. Para banda, o que valia mais era a originalidade e a empolgação transitando em suas músicas. Qualidades iguais a essa encontramos na primeira execução do repertório, “Discontent”. Formada por uma melodia livre, os riffs chegam a arrepiar a espinha, mas também encontramos boas melodias aqui. Aliás, o trabalho de guitarra é impressionante, assim como a pegada forte.

Em segundo lugar, vem “Another Sad Refrain” com um pouco mais de fluidez melódica. Em algumas partes o trabalho de baixo salta à frente da sonoridade, expondo o seu poder com graves sólidos e elegantes. As bases de guitarra, típicas do punk rock, sofrem algumas metamorfoses para entregar um trabalho harmonioso e pesado ao mesmo tempo. Quem não se render aos encantos dessa música tem que sair desse nicho e escutar lambada. Aqui, a cacetada corre solta, mas não de forma desordenada. Em cada licks de guitarra ou em cada acorde, o som voa baixo, rasteiro e veloz sem descanço.

Para fechar o cardápio musical, chega nos falantes a última música “Conversation”. Esta, sem sombra de dúvida, é a composição mais moderada do EP. Algumas sessões cadenciadas procuram fazer contraste às pegadas mais rápidas, mas o que marca mesmo nessa música é a troca de nuances. Por ser uma variante mais nova do estilo hardcore, o post-hardcore tem essa função de tirar mais o radicalismo dos fãs e, aqui, a versatilidade faz esse papel. Pena que a banda não conseguiu fazer um lançamento mais completo. De toda maneira, esse registro servirá para guiar a geração z por um caminho mais acertado.

Ouça “The Ideal recordings EP” pelo Spotify:

 

 

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