O pop é um caminho perigoso e por diversos motivos. O primeiro deles é que não se trata de um gênero musical em si, com características, melodias e/ou batidas típicas, o segundo é que é mais que isso, pois se trata de um movimento cultural que abrange diversas linguagens artísticas.
Logo, não se insere no pop por livre e espontânea vontade, e pra se manter nele é ainda mais complicado. O alemão Stellan Perrick tem a receita de como soar pop, provando que a junção de diversos elementos de gêneros e subgêneros, sejam eles quais forem, são ingredientes fundamentais, desde que besuntados com uma veia comercial.
A prova disso é seu novo single, “Golden Baby”. De imediato, o ouvinte terá em sua mente grandes medalhões do pop, desde o rei da coisa toda, Michael Jackson (da década de 90), passando por seu maior rival, Prince, e até Justin Timberlake. Não, não é exagero, desde que levamos em consideração que isso são referências e que ainda falta bastante para Perrick chegar a esse patamar. Porém, ele bebe em boas fontes.
“Golden Baby” é uma composição dançante, com uma batida eletrônica dinâmica, e traz bases sustentadas no R&B. Com camas de teclados típicas do soul e leves levadas de hip hop, a música é complementada por essa aura noventista, de onde parece ter saído as maiores inspirações de Stellan Perrick.
A assinatura do cantor, músico e compositor (que é o responsável por praticamente tudo aqui) fica por conta de conseguir incrementar letras pessoais e obscuras em um ritmo tão enérgico como de “Golden Baby”. Na ocasião, ele fala de seu complexo de inferioridade durante um período de sua vida, e como foi superando esse problema ao se reencontrar. Stellan Perrick é um talento nato e navega nos mares mais tortuosos do pop, como um navio que não sente tanto a maré brava. Ouça em:
