É como acessar os ambientes inóspitos do próprio inconsciente. Entre vozes dissincronizadas, falas desvirtuadas e um prelúdio de caos travestido por um demasiado senso de torpor, a canção vai se evidenciando na forma de uma estrutura bastante caseira e crua. Embriagante em sua gelidez sintética, ela é narrada por uma voz de timbre levemente grave, mas, ainda assim, suave.
Clare Easdown rompe a embriaguez da estrutura rítmico-melódica digitalizada, enquanto insere o principal toque orgânico da faixa. Oferecendo um lirismo de cunho urgente e social, Stigma Enigma, antes de qualquer coisa, visa representar o sofrimento e a dor daqueles que vivem em conflito com suas próprias mentes. Seguidamente, a obra lança luz à importância de não menosprezar a turbulência emocional que rodeia o termo saúde mental.
Chocando pela sua falta proposital de lapidação sonora no que tange a atividade da mixagem como um intuito de representar a dissonância e a desarmonia entre razão e emoção, Stigma Enigma é uma espécie de pop-new wave embebido em soturnidade. Uma zona de conforto e proteção para os sofrentes. É assim que a canção chega ao seu objetivo final: destacar a importância de julgar menos e amar mais. A saúde mental é algo presente em toda a sociedade e não restringe sexo, idade ou classe social. Clare veio, com tal canção, tirar o véu da negação para que o assunto seja tratado com mais respeito e liberdade.
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