As notas graves do piano criam uma atmosfera à capella por meio de seu interessante frescor. Possibilitando ao ouvinte sentir toques de uma dramaturgia sentimental e emotiva, elas permitem que o sintetizador vá criando, através de sua sonoridade sintética adocicada e branda, uma ambiência delicada e transcendental.
Conforme Juliet Lyons vai assumindo educadamente seu espaço a partir da exortação de versos vocálicos, a canção vai assumindo contornos espirituosos que favorecem a identificação da new age como um primeiro gênero musical a compor a receita melódica. De profunda delicadeza a tal ponto que a sonoridade fornece a impressão de uma fragilidade física, capaz de ser quebrada, a obra vai crescendo em sua harmonia por meio da entrada de violinos que incrementam, de forma orgânica, o seu sonar.
Amadurecendo sob uma silhueta doce, serena e leve como uma pluma, Sunrise acaba se destacando como uma obra majoritariamente instrumental de essência etérea. Promovendo, a partir dela, sensos de gratidão e esperança, a canção consegue facilmente emocionar o ouvinte em virtude de sua instrumentação educada, compassiva, fraternal e, acima de tudo, atenciosa.
Não é difícil para o ouvinte, por meio de sua ambiência extasiantemente hipnotizante, identificar que Sunrise carrega muita influência da sonoridade difundida por Enya. Contudo, Juliet conseguiu imprimir sua própria assinatura ao tornar a presente obra grande em seu transe explosivamente gratificante que supera os limites do som.
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