A dupla alemã Svynx, acaba de lançar o seu último álbum “This Is Not Art”. Detentores de um estilo que mistura várias texturas de som, Tobias Lübbers e Wolfgang Robert destilam poderosas doses de peso, groove e complexidades em um bom disco de sete faixas. Alguns destaques como solos de guitarra, pegadas imponentes e um baixo visivelmente presente reforçam a identidade do projeto. Embora o título do álbum remeta a uma negativa sobre arte, o que se confere em suas músicas é digno de atenção, pois as melodias criadas para este trabalho são submergidas em beleza. Ouça por si só.
O repertório começa com “Art Won’t Save Me Now” que, de cara, sugere ao ouvinte uma música mais acessível com climas eletrônicos. Entretanto, a veia rock’n’roll é vibrante com um andamento intricado. Os vocais de texturas metalizadas combinam um pouco com o timbre da guitarra, mas os arranjos atmosféricos introduzem mais personalidade à canção. Sobre o protagonismo do baixo, ele aparece com toda força em “Follow Me”, comandando a seção ritmica. Além disso, essa música possui um peso mais equilibrado, mas sem deixar o som morno. Aqui, aliás o clima é bastante quente e explosivo. Nada como uma boa empolgação.
A música do Svynx permite que você perceba várias influências. Uma delas vem do rock progressivo, onde canções como “Harvest Season” possuem certo embelezamento. Com climas complexos, partes pesadas e outras esteticamente leves, arremessam nossa lembrança a nomes como Genesis. Contudo, porções de modernidade adornam a canção trazendo mais versatilidade. Para dar um clima mais épico, a dupla compôs uma música com introdução densa, embora pesada. “Feed Me”, positivamente, traz essas qualidades com bastante variações, mas emplacando energia. Na cozinha, podemos ver essa versatilidade com batidas cadenciadas. No entanto, a pegada evolui para algo mais virtuoso para acompanhar os riffs.
Com guitarras mais distorcidas e um baixo metalizado, “Europa” se destaca como quinta faixa do álbum. Aqui, elementos de industrial dão vida a uma música que entre outros artifícios, une a melodia ao caos. Por outro lado, “Never At Ease” é totalmente harmoniosa com belas sacadas. O vocal, em tom suave, contrasta um pouco com a camada de peso que se desenvolve ao longo da música. Com isso, segue mais uma prova versátil da dupla. Para finalizar, “Alexandria” insere mais velocidade no repertório, mas sempre segurando o cadenciamento. Em síntese, estas são algumas características de “This Is Not Art” com alguns detalhes técnicos. Saboreie você, tabém.
Ouça “This Is Not Art” pelo Spotify:
Ouça mais em: