Não é só o drama que se faz presente na introdução. Por meio de sua sonoridade, o espectador pode sentir, também, calafrios provenientes de uma embrionária atmosfera sombria, assombrosa. De essência densamente melancólica, a canção, assim que atinge seu primeiro verso, tem esse caráter amplificado em virtude da forma como o vocalista, com sua voz grave, interpreta os primeiros sinais líricos.
De atmosfera introspectiva, a canção é surpreendida pela entrada de um duplo vocal feminino acompanhando o vocalista principal. Com seus toques guturais e gélidos, Elise Shields e Rosa Thomas transformam o ambiente em algo hipnoticamente entorpecente. E esse detalhe acaba se configurando, também, em virtude do restante da instrumentação.
Construída por meio de um piano de notas graves, uma bateria que soa tilintante por conta dos leves golpes na cúpula do prato de condução, e um sonar amorfinante e adocicadamente sintético produzido de forma linear pelo teclado, a canção é capaz de tirar, do ouvinte, toda e qualquer noção de lucidez. Fluindo para um refrão em que a sincronia vocal se apresenta mais sincronizada e madura, Harbour Song acaba garantindo para si uma curiosa conotação visceral. Como uma obra de paisagem cinza e chuvosa, a canção, cuja previsão de lançamento é 01/11, consegue impregnar no ouvinte seu estado febril de introspecção e tristeza.
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