Uma bateria repicada entra em total evidência fornecendo os primeiros sinais introdutórios da canção. Ainda que sob uma frase quebrada, o instrumento desemboca em uma levada percussiva macia e fluida que garante à atmosfera uma confortável noção de movimento. Rapidamente, tal paisagem é agraciada pela presença da guitarra acústica, elemento que, com sua sutileza, dá à obra um senso de frescor inebriante.
Sobressaindo por entre essa cenografia intimista e folkeada em sua temática acústica, está uma guitarra que, ligada à distorção, faz ecoar um sonar único de identidade gorda e azeda. Por meio dele, é interessante ver como o âmbito harmônico vai sendo gradativamente moldado. Ainda que de fato tímido, esse espectro recebe uma reverberação aveludada, aparentemente proveniente da contribuição do fender rhodes.
É nesse instante que o enredo lírico passa a ser desenhado. Por meio de uma voz masculina de timbre azedo e levemente grave vindo de Alwyn Morrison, a qual oferta uma singela semelhança àquela de John Cooper e, também, de Mark Hoppus, uma textura mais lúcida e cuidadosamente áspera é inserida no menu de sensibilidades da canção. Ampliando os sabores até então já apresentados, o cantor incentiva a percepção de um intimismo que adorna toda a paisagem conjuntural da composição.
Leve, fresca, macia e irresistivelmente contagiante em sua delicadeza estética, The City amadurece, definitivamente, como uma música folk acústica. Com inserções ligeiras de pop, o que a deixa ainda mais atraente, a faixa mostra Morrison se emaranhando por um enredo que visa trazer, além de simples referências, uma dose homenageante à imagem da cidade de Nova Iorque.
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