Seu sonar inicial é como uma canção nacional contra a ditadura na década de 70. Com chiados que propositadamente comunicam a distancia temporal do sample de Fairuz, cuja melodia comunica algo tradicionalmente arábico, a canção, apesar de dialogar com o lo-fi, se matura como um produto rap.
Com sobreposições vocais que mais se parecem súplicas de um personagem onipresente e obsessor, The Holy Land entra no espectro de canções como Protect The Land, single do System Of A Down por abordar não apenas a realidade, mas o contexto palestino como um todo perante uma sociedade perdida em seu falso senso de superioridade ocidental. Lutando contra a xenofobia, mas também lidando com uma ausência de pertencimento, Ramo Z fez e faz de The Holy Land um hino para a Palestina e seu povo.
Com sofrimento, relutância e imponência, tudo misturado em sua voz, o rapper vem com o intuito de representar os palestinos, suas angústias, seus desejos e sua identidade, algo que ele próprio confessa ter perdido por ter crescido sob os braços dos Estados Unidos. Como uma faixa forte em propósito, The Holy Land quer desconstruir o senso comum de crueldade em volta do povo árabe e funciona como um exercício para que o próprio Z se perceba, enfim, pertencente a um lugar e com um propósito de vida: usar a música para defender seu povo.
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Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/2qNuTkd9kGZivfsllefY1e
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