Formada em 2018, a banda The Local 12 chega ao seu primeiro disco, este “Abandon”, esbanjando experiência, mesmo sendo um disco de estreia. Isso porque os músicos envolvidos, Dave Iannucci na guitarra e voz, Dan Ream nos teclados, guitarra e voz, Pat Ream no baixo e Eric Bailey na bateria e vocais, não são iniciantes e conseguem mostrar maturidade.
Logo, apesar de ser um trabalho de estreia, o debut é bem estruturado, apresenta um grupo coeso e muito seguro, além de uma produção primorosa, que deixa tudo bem claro e tem excelentes timbres, já ganhando pontos antes mesmo de seu contexto musical.
São 10 composições em mais de 45 minutos, onde a banda entrega um ‘tracklist’ muito bem equilibrado, inspirado nas diversas facetas do rock, mas sem fechar o leque e incluindo aí, leves elementos de folk e até um contorno pop, mas o mais clássico, com afinco nos anos 70.
O tema central do disco, como o nome denuncia é o abandono, seja ele temporário ou permanente. Tais como abandonar um relacionamento, reconhecer um sentimento intensificado de abandono, ou abandonar algo dentro de você – a maneira como você pensa, age ou reage. Criativo e reflexivo, como podemos notar.
A primeira canção, a detalhada “Wave Of The Window” nos mostra uma banda inspirada nos anos 70, principalmente em nomes como Crosby, Stills and Nash e Grand Funk Railroad. Com uma levada que faz o contraponto do sutil e pesado, entrega solos belíssimos de guitarra e um piano que enriquece demais os arranjos.
Para quem gosta de sentir uma influência latina no rock, “The King of Small Time” entrega isso, com um trabalho cheio de swing e groove, incluindo guitarras explorando a esmo os efeitos ‘wha-wha’. Destaque para o refrão cativante. Enquanto isso, na faixa seguinte, “SU(5)”, o The Local 12 mostra que também bebe na fonte do indie rock e traz uma leve introspecção.
A beleza do rock alternativo e suas melodias muito bem executadas se encontram em “All She Wants Is My Money”, com um trabalho de guitarras que pode parecer simples, mas é muito cativante. Destaque ainda para “Chance of a lifetime” e sua veia folk, além da balada progressiva “Stranded”, que fecha o disco.
Como o leitor (futuro ouvinte) pode perceber, um trabalho diverso, transitando por diversos subestilos do rock e um repertório recheado, que merece ser ouvido por inteiro, pois será ainda mais bem compreendido.
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