É como reviver os anos 60 e setenta. Ou, como reverenciar e inspirar os aromas deixados por nomes como B.B.King e Jimi Hendrix. Depois de diferentes entonações de tilintares de cowbells misturados em meio a algo que soa como uma sessão de jam session vocal, um improviso, a guitarra assume protagonismo absoluto com um riff ardido, rasgado, que beira a estridência. Ainda assim, o retorno dos sonares percussivos faz com que a canção tenha paisagens solares, animadas e swingadas, mas que não escondem a essência proto-punk da canção.
Com auxílio da voz aveludada e gélida de Meg Cratty, Alley Cat Stomp se mostra uma canção que não apenas contribui com a essência de ThunderHole Rock n’Roll, seu álbum de origem, no quesito de ser um tributo a Stevie Van Zandt, mas também como um comentário a respeito da violência armada dos Estados Unidos. Não contente, The Margaret Hooligans fez da faixa um produto com rápido groove e rerpleta de cowbells soando oxidados. Com sua melodia à la garage rock, Alley Cat Stomp ganha o ouvinte pela combinação de guitarra distorcida com as percussões vindas de Mr. Strontium e sua estética contagiante que cria um redemoinho de desajeitada transcendência.
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