The Rockardìa é uma banda de hardcore punk melódico da Itália, formada em Casalpusterlengo em 2011 pelo vocalista Paolo “Zake” Zappella e pelo guitarrista Mattia “Frasco” Fraschini. Em 2022, a formação foi completada com o baixista Gianbattista “Titta” Genco e o baterista Michele “Mike” Danieletto.
Os 13 anos de estrada, onde a banda começou com produções fonográficas oficialmente em 2017, foi servindo para moldar a sonoridade que ouvimos hoje. O grupo já possui um álbum, “Novità passate”, do qual eles ainda buscavam sua identidade, que começou a surgir com o single “Butta giù quel rum” em 2021. De lá pra cá, o hardcore melódico de hoje começou a surgir, depois de mais alguns trabalhos neste formato único.
Como o leitor pôde perceber, eles apostam em cantar em sua língua pátria. Surpreende como o italiano encaixa com o estilo, talvez devido à sua energia e imposição, pois o que se ouve no som da banda é exatamente algo bem pra cima, dinâmico e forte.
Principalmente neste seu mais novo single, “Caro Amico Mio”. A banda explora seu auge, com uma composição onde o hardcore melódico dá as cartas, com equilíbrio, sem exageros e uma gana incrível da banda.
A canção começa com um baixo funkeado, explorando ‘slaps’ e que parece que vai nos levar por outros caminhos. Logo surgem as guitarras metalizadas, que compartilham riffs magistrais, até receberem uma bateria com viradas precisas. Os cantos chegam, e a música progride entre melodias bem postas e um andamento dinâmico, na velocidade certa.
Precisamos destacar os detalhes dos arranjos, pois a coesão da banda é imensa e quando eles incrementam o solo preciso e objetivo, só ganham mais pontos. Os vocais naturais de Paolo, como dito, cantando em sua língua pátria, casam perfeitamente com a proposta e a cada audição parece ficar melhor.
Já o tema de “Caro Amico Mio” é algo comum, mas pouco relatado na arte. Segundo a própria banda é sobre aquele amigo (ou pior, daqueles amigos…) que, ao encontrar uma namorada, desaparece e/ou se cancela completamente. Aquele amigo que, por motivos ainda não esclarecidos, decide relegar os amigos ao nível de prioridade mais baixo, passando a contar um monte de mentiras e desculpas aos outros e a si mesmo. Aquele tipo de amigo que sentimos a necessidade de “explicar” (ou melhor, de gritar) que a vida sempre será dura se for navegada num mar de mentiras, poderá ser vivida de uma forma muito mais serena e “fácil”, deixando de lado o orgulho e sendo sempre honesto consigo mesmo. Quem nunca?
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