O medo de se arriscar na hora de seguir uma paixão ou sonho é sempre presente em nossas vidas, mas é preciso não ter receio de tentar ou até mesmo errar enquanto corre atrás do que se quer. É sobre esse tema que a banda americana The Skies Are Shifting está lançando o novo álbum “Don’t Be Afraid To Drown” com 5 faixas contendo tudo de melhor para quem gosta de hardcore.
“Cocaine Clouds” já abre o álbum com uma música diversificada e, ao mesmo tempo, trazendo todas as características do hardcore como screams, vocais limpos, guitarras distorcidas, batidas fortes da bateria e o baixo deixando a canção agitada, pesada e sentimental ao mesmo tempo o que acompanha muito bem com a letra. Ela é inconstante indo de momentos mais leves há ápices dos instrumentos e da voz.
“Masquerade” já começa num estouro trazendo o máximo do estilo em uma música rápida e mais focada nos screams, mesmo os vocais limpos são mais altos que o da canção anterior. Ainda que não tenha relação direta, a música tem os vocais rápidos e ritmados que se encontra no hip-hop. A guitarra traz um charme especial para a música sendo ressaltada em várias partes só com o instrumental.
“Long Sleeve” tem a mesma pegada da canção anterior, mudando os vocais limpos que são mais ressaltados nessa. Vale falar também da bateria que está mais rápida deixando a música mais agitada sendo apenas quebrada em momentos suaves, mas sem perder o extremo do estilo. Essa faixa tem momentos mais emotivos do que pesados o que é uma das características do hardcore. Trazendo essa ondulação para combinar com a poesia das letras.
“Gifts” é a quebra de padrão do álbum trazendo uma faixa mais leve e melódica, marcada pelo piano e pela bateria, essa segunda num tom mais de blues do que de rock. A canção cresce após um tempo, deixando mais rock n’ roll mas se mantem menos pesada do que as outras. Ela segue um estilo mais emo com pitada de new metal resgatando em peso o começo dos anos 2000 em sua melodia.
A canções desse álbum são relativamente longas comparada a outras bandas, mas faz sentido quando ouve já que cada música tem diferentes camadas e leveis na mesma música. Passando de uma parte mais lenta para a mais pesada em questão de segundos. Mas a mais longa canção do álbum é a “Blood Orange” que fecha o todo com 6 minutos de duração.
“Blood Orange” foge um pouco do estilo hardcore das outras canções sendo mais voltada para o pós-grunge tendo o solo de guitarra e a bateria mais leve e melódica. Além da voz que está mais sonora e deixando ressaltar na canção a letra sem screams e o peso do instrumental. O que não faz menos da canção, na verdade, ela é a mais bonita de todo o álbum tendo uma execução impecável e mais limpa enquanto as outras são mais cruas e extremas.
The Skies Are Shifting resgata o hardcore que fez tanto sucesso nos anos 2000, mas com uma cara repaginada deixando mais atual sem perder a essência do estilo.
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