Há quem acredite piamente que música só pode ser feita de forma orgânica. Há quem saiba absorver a música, seja ela feita do que e qual forma for. Fato é que música sempre passará por um ‘mix’ de influências e sentimentos, e sua qualidade está mais no sentimento do que na forma que ela foi feita.
Uma audição mais aprofundada no terceiro álbum do Three Eyes, intitulado “Junior”, ajudará o leitor a entender isso. Afinal, trata-se de um projeto musical que mixa diversos estilos de forma digital, a grande maioria com raízes eletrônicas, revelando que não importa a organicidade das músicas para que a qualidade prevaleça.
A princípio, o ouvinte notará uma sonoridade vibrante, com sintetizadores que hipnotizam através de batidas dinâmicas e dançantes. Logo notará que as faixas, em sua maioria instrumentais, desenham imagens na cabeça do ouvinte, servindo como praticamente a trilha de um filme forjada por cada indivíduo que ouve o álbum. Magistral!
Mas, para situar melhor o leitor, o Three Eyes gosta de transitar pelo eletrônico, hip hop, trap, o dream pop e até o shoegaze. Esse emaranhado acaba por transformar a sonoridade apresentada em “Junior” em algo libertador.
O novo álbum ainda traz duas faixas com vocais, sendo que “Chapel Perilous” é mergulhada no hip hop e “Mammon’s Lament 2” é mais abrangente e variada. Capitaneado pelo performer e mixer Jewel Marsh, o Three Eyes conta com várias participações especiais em “Junior”, como Sabelo Cyprian, Eva Omega, A Dub, SA, Kelly O’Donohue e The Tortured Orator. Não perca tempo e se entregue a esse misto de música boa! Ouça em:
https://www.facebook.com/threeeyesmusic
https://open.spotify.com/artist/2A5uAtWYZratMjV8OgqOek?si=o5QjkZRXTE-jcKsIypKCVA
https://soundcloud.com/thethreeeyes
https://threeeyes.bandcamp.com