O violão, sem demora, já demonstra um domínio da arte do frescor e da delicadeza a partir de seu sonar que puxa, solitariamente, a introdução. Como único elemento instrumental, ele vai delimitando as arestas emocionais da canção, as quais podem ir de um agradável senso de melancolia a uma bem-vinda nostalgia.
Ao lado de uma voz masculina de timbre rouco e levemente rasgado que rapidamente o acompanha na construção do desenho melódico, o violão acaba servindo como fator que arruma o terreno para o posterior recebimento de novos ingredientes. Afinal, após a primeira estrofe, bateria e baixo se unem ao inicial minimalismo estrutural ofertando consistência e noção de movimento.
O interessante é notar que, mesmo quando a canção ultrapassa seu ápice narrativo, ela é capaz de trazer uma nova gama de sensações que abraça o ouvinte de maneira bastante terna. A partir daí, portanto, Touch The Ground passa a experienciar uma tomada mais romântica que faz com que o ouvinte crie um cenário proveniente de suas próprias memórias afetivas para acessar esse sentimento de paixão e amor de forma a construir um desejo insano de parar o tempo para que esse momento nunca termine. Uma verdadeira balada de amor que aquece até os corações mais frios.
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