A maneira com que a guitarra se apresenta e preenche o escopo melódico é de uma delicadeza introspectiva tão serena que faz com que o ouvinte, mesmo aparentemente consciente, seja irresistivelmente levado a experienciar lapsos de um torpor contagiante. Ainda que com uma roupagem aparentemente pop, a canção logo comunica um breve flerte com o folk através de sua desenvoltura melódica.
Sob uma interpretação lírica fresca e cuidadosamente sussurrante, Taylor Anderson faz com que a obra seja capaz de receber uma harmonia de cunho eletrônico que a faz vivenciar uma energia não apenas inspiradora e motivacional, mas, de fato, equalizadora. É assim que Trigger destaca seu lirismo com a proposta de refletir sobre as tensões entre o desejo e o medo perante o senso de vulnerabilidade.