O sonar sintético em sua tomada ácida consegue inserir no ambiente, sem demora, súbitos sensos de texturas ácidas em meio a sonares levemente pipocantes. Capaz de fazer com que o ouvinte se sinta brevemente vulnerável a partir de uma energia sinistra que paira pelo ambiente, a composição garante para si, ao mesmo tempo, um viés dançante que promete ganhar ainda mais força.
Assim que o primeiro verso se inicia, momento em que o enredo lírico ganha vida através da entrada de uma voz feminina de timbre agudo e levemente fanhoso vindo de Olivia Millin, a composição é tomada por um beat de essência latina surpreendente. A partir daí, portanto, a música acaba sendo imersa em uma sensualidade pertencente ao espectro do reggaeton graças ao seu swing percussivo sincopado.
Ainda assim, a natureza da faixa se arregimenta como uma representante do mundo da música eletrônica. Contudo, no instante em que Olivia adota versos líricos desenhados sob o idioma japonês, o ouvinte, enfim, tem a clara noção de que TTYL, na verdade, é uma expositora do j-pop. Com tal gênero musical moldando sua base, a composição se configura como uma obra que funde o ocidente com o oriente através de grande versatilidade.
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