Sem muito brilhantismo, a canção tem seu início fresco, mas já suficiente para incitar o ouvinte à dança. Com um vocal metálico sobrevoando a estética melódica sintética, ela mergulha o ouvinte em uma espécie de torpor sensual, um transe que faz com que o tempo virasse uma lembrança e o relógio caminhasse de maneira bem lenta.
Prevalecendo a essência rítmico-melódica da versão original de Typical, Assa Music manteve a base em sua tradicional house music, subgênero da seara eletrônica que fez e catapultou o nome de Alok ao estrelato global. Com bastante menção também ao seu outro colaborador, o DJ Steve Aoki, a adaptação desenhada por Music transpira alegria e uma acidez que, curiosamente, proporciona uma interessante mistura entre os anos 70 e 2000.
Deixando nítida também uma familiaridade estética com aquela oferecida por Promises, single colaborativo entre Calvin Harris e Sam Smith, o cover de Typical consegue ter a métrica ideal para movimentar as academias, motivar os exercícios físicos, e, inclusive, tirar, mesmo que por alguns instantes, o ouvinte das preocupações vindas de seus problemas rotineiros. É a morfina do dia a dia. A válvula de escape momentânea que ajuda a reequilibrar o ambiente emocional de cada indivíduo.
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