A música tem um poder magnífico de nos teletransportar para os sentidos e emoções mais densos presentes em nosso corpo. É como se fosse uma droga agindo sobre nossos sentimentos, emoções e pensamentos. Acho que se você é um leitor e fã da arte nem é preciso falar muito disso, não é mesmo?
Pois bem, há certos artistas que levam essa ideia de viagem musical para outros níveis. E aqui falaremos de um deles.
O Chiral é um grupo ainda misterioso, tanto em seu visual quanto pelo som. Os membros utilizam máscaras tóxicas o tempo todo e isso compõe muito bem o visual artístico da banda. O próprio logo é assim. Há uma certa temática, um conceito nisso e em tudo que fazem. O que sabemos deles são apenas duas coisas: que eles são irlandeses e que eles são super criativos.
Em seu novo single “Kubrick’s Odyssey”, eles atingem seu auge musical até o momento. É a melhor coisa que produziram. A música de quase 7 minutos é separada por capítulos (olha aí o que eu falei sobre o conceito) e vai crescendo a cada segundo. Na primeira e maior parte, o som é mais progressivo e calmo. A guitarra permanece com a mesma sonoridade enquanto a bateria fica numa pegada mais minimalista se alternando entre os tons e o sino dos pratos. O vocal em silêncio. Enquanto isso, o clipe mostra uma viagem espacial, intergaláctica, ou seja, lá o que for aquilo. O que você vê e ouve andam de mãos dadas.
Aos exatos 4 minutos e 43 segundos, os membros aparecem em grande estilo num visual que lembra os personagens do seriado “Breaking Bad” e música cresce ainda mais. Chegamos à segunda parte. A bateria continua minimalista, enquanto os riffs se formam e o vocal inicia a sussurrar. Daí é questão de tempo para os riffs explodirem com a bateria e o vocal, que permanece um tanto quanto confuso e se mistura com efeitos eletrônicos pontuais. Mas não se engane, essa confusão aqui é proposital e faz parte dessa curiosa temática da banda.
O título é uma clara referência ao famoso roteirista e cinegrafista Stanley Kubrick, conhecido por adaptar obras com certo ar sombrio. Poderia citar diversos de seus filmes famosos: de “Laranja Mecânica” até “O Iluminado”. Porém, é com “Uma Odisseia no Espaço” que os membros parecem mais se identificar. E não poderia ser de outra pessoa a declaração que mais combina com “Kubrick’s Odyssey”:
“O fato mais perturbador sobre o universo não é o fato de ser hostil, mas sim o fato de ser indiferente, mas se conseguirmos aceitar esta indiferença, então a nossa existência como espécie pode ter um significado genuíno. Por mais vasta que seja a escuridão, devemos fornecer a nossa própria luz.”
Veja e escute em:
Conheça mais sobre a banda nos links abaixo:
https://chirallabs.ie/
https://www.instagram.com/chiral.labs/
@chiral.labs
