É como levitar pela superfície. Como flutuar pela pressão da água. O corpo perde seu real peso e o silêncio profundo se torna a única trilha sonora regente de um ambiente rico em uma biodiversidade cuja nem metade de sua totalidade conseguiu ser descoberta e catalogada. O torpor é o sentimento que vem logo em seguida. Motivado pela ausência de som, além da claridade amornada e reconfortante do Sol iluminando as primeiras camadas aquáticas, ele vem como um travesseiro para levar o indivíduo a uma espécie de sonho acordado.
Não existe perigo, tensão ou temor. Apenas o ecoar animalesco do mar. Com um baixo groovado em sua linha de leve estridência interpretada por Magnus Sveningsson, Sinking Road ganha uma textura ácida, enquanto a bateria segue seu curso rítmico 4×4 de maneira linear. Conseguindo transitar, com versatilidade, pelo ambiente da new wave por meio de um teclado de notas adocicadas, mas ácidas em seu embrionário veludo, a canção ainda possui uma guitarra distorcida ecoante e agonizante que, curiosamente, traz a hipnótica ilusão do bufar da baleia.
Com essência calmante e, definitivamente, entorpecente, Sinking Road é um instrumental com pitadas de energias dançantes e uma dramaticidade delicada que surge a partir de um solo amorfinado. Uma canção capaz de fazer o ouvinte esquecer dos problemas durante todo o seu percurso melódico e extrassensorial.
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