Não tem frescor, inicialmente. O que se tem é um nascente swing proporcionado pela união entre hammond e guitarra, os quais se dividem entre uma grave e leve estridência com um dulçor suavemente ácido. Ganhando pressão a partir da entrada da bateria em sua levada repicada, a canção passa a ser regida por uma voz de timbre grave e ligeiramente encorpado.
É Eduard se emaranhando por entre o gospel e o blues em uma contagiante, ousada e simples temática lírica. Relatando simplesmente o amor do cantor tanto pelo whiskey quanto pelo blues, a canção é preenchida, na transição entre suas metades, por uma bateria suja e um solo de guitarra estridente e sexy entre seus gritos de êxtase.
O interessante, em Whiskey Blues, é notar como a linha do hammond consegue sobressair demasiadamente em relação àquelas de domínio pela bateria ou mesmo pela própria guitarra. É a sonoridade retirada desse instrumento que marca a canção, gruda na cabeça do ouvinte e deixa a melodia mais contagiante.
Com direito a uma sessão de solos que transita entre guitarra e hammond, Whiskey Blues vibra, ganha vivacidade, brilho e se torna solar. Perigosamente sexy, ela captura o ouvinte sem o menor esforço com sua base tipicamente blues e suas intermediações gospeis que fazem a harmonia da canção. Uma canção capaz de prender a atenção com sua estrutura rítmico-melódica demasiadamente contagiante.
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