A bateria surge entre golpes tersinados na caixa de maneira a soar ligeiramente trêmula. Rapidamente, porém, a melodia começa a se desenvolver de maneira mansa, como se fosse um forasteiro analisando o ambiente ao qual está se infiltrando. E por isso, é necessário mostrar presença e atitude para ganhar respeito. Tal lição é absorvida com precisão pela música.
Com violão de riffs crus e uma guitarra que uiva e rebola o ponto de evidenciar sua silhueta bluesada, a música vai promovendo a fusão estilística entre blues e folk até a chegada da camada vocal. Nela, uma voz grave, de fundo agudo de maneira a se assemelhar com o timbre de Carrie Underwood, surge por entre pronúncias rebolantes e melismas despropositadamente sensuais.
Apesar da estrutura acústica, Whiskey Revival é um produto cuja sensualidade rouba a atenção. O minimalismo, apesar de evidente, é capaz de promover uma harmonia hipnótica em sua simplicidade sertaneja até que, no refrão, com o auxílio do hammond, a harmonia sobe, mas com educada cautela. É aí que, junto ao folk e ao blues, se junta à receita melódica também o soul.
Capaz de desfilar sensações imagéticas do calor escaldante do deserto e da textura quente e seca da areia que molda o chão, a canção vem na forma de uma espécie de hino a um recorte da cultura comportamental do velho oeste. Nesse ínterim, Whiskey Revival assume uma essência contagiantemente entorpecida que cativa e hipnotiza o ouvinte durante todo o seu desenrolar.
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