Não é apenas lacrimal. É um ambiente denso, triste. Cármicamente tátil e lancinante. Cada som e uivo do violino soa como fincadas de um material pontiagudo no centro do peito. Dessa forma, o sofrimento e a dor se unem em um esforço absurdo de tentar, ao menos por alguns instantes, acalentar os cortes profundos existentes em um coração ferido.
É verdade que, nesse ínterim, as notas doces do piano surgem como uma espécie de dulçor não apenas hipnótico, mas entorpecido. Um método de oferecer aconchego e compaixão para uma alma em profundo processo de dor. Em meio a um embrionário caos, a flauta vem com um veludo que, de maneira consistente, rompe com o sombrio e o carniceiro, detalhes até então muito presentes em uma sonoridade que parece se alimentar de qualquer tentativa de fortalecimento interior.
Esse veludo doce e esvoaçante é o elemento que passa a nortear o caminho para que o indivíduo sofrente consiga alcançar a redenção de sua própria dor. E isso é possível de ser notado na forma como Anahita Modarresi construiu Windie. Afinal, ela começa com sinais de caos e alvoroço, mas vai, paulatinamente, se transformando em algo sereno, brando e agradável.
Uma instrumentação clássica com direito a toques que vão desde o violoncelo até o piano, Windie é uma canção melódica dramática que oferece a narrativa de um indivíduo no processo de superar as dores de um passado traumático. O bem-estar representa o êxtase tanto do espírito quanto da melodia empregada na presente canção.
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